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As atividades diretamente relacionadas com as crianças, no cotidiano da escola, são desempenhadas por uma equipe de profissionais contratadas, a equipe pedagógica. A equipe tem representatividade nas assembleias; autonomia nos encaminhamentos que se referem ao trabalho pedagógico.
Objetivamos desenvolver sempre uma comunidade/escola centrada em uma pedagogia viva, que entende a criança como protagonista de sua história, que respeita a cultura da infância em sua multiplicidade e que é comprometida com a construção de um espaço seguro para rever o racismo e outras formas de opressão que caracterizam as nossas relações cotidianas.
Não há uma linha pedagógica pré-estabelecida, mas sim um conjunto de princípios que estruturam e norteiam as atividades cotidianas com as crianças. Para a sustentação deste fazer, a equipe busca sempre a autoavaliação, o diálogo aberto através dos encontros de supervisão e momentos de escutativa, além da realização constante de cursos e atividades formativas.
A criança está no centro do nosso olhar e é ela quem nos mostra o melhor caminho para seu desenvolvimento integral. Nesta perspectiva, a observação ativa é uma ferramenta poderosa para as educadoras, pois é através dela que podem conhecer profundamente cada criança.
As interações que surgem desta forma de estar com as crianças são promotoras de crescimento e de processos de aprendizagem de forma autônoma. Nesse sentido, as educadoras atuam, ora como observadoras, ora como parte integrante do grupo.
O brincar é a linguagem essencial das crianças, e elas devem experimentar suas manifestações legítimas enquanto um direito. Para isso, devemos assegurar que elas tenham tempo e espaço adequados para experimentarem a si. O brincar é o meio pelo qual a criança explora o corpo, o movimento, a criatividade, a imaginação, e a autonomia. É onde ela experimenta coragem; criatividade; resiliência; capacidade de relacionar-se com seu entorno; é a maneira na qual ela descobre o outro; a capacidade de colaborar e de perder e ganhar, de produzir cultura e experimentar suas interações sociais.
Quando falamos de uma pedagogia centrada no livre brincar, falamos de um fazer que vai além de uma ludicidade pedagógica e que tem como prioridade garantir o tempo e o espaço para o brincar autônomo e íntegro que parte das crianças e a elas pertence, onde o protagonismo passa a ser delas.
Entendemos que o desenvolvimento da criança está intrinsecamente relacionado com sua experiência corporal, a inteligência desenvolve-se por meio da exploração do espaço e dos objetos. A criança pequena expressa-se através do seu corpo e, por isso, precisa encontrar um ambiente desafiador e seguro, propício às suas explorações e descobertas. Conhecer o próprio corpo, a natureza dos objetos, aprender a equilibrar-se, andar, pular e correr são alguns dos inúmeros aprendizados da criança. Para que construa essas habilidades, ela precisa de liberdade de expressão e de movimento.
Entendemos que o desenvolvimento da criança está intrinsecamente relacionado com sua experiência corporal, a inteligência desenvolve-se por meio da exploração do espaço e dos objetos. A criança pequena expressa-se através do seu corpo e, por isso, precisa encontrar um ambiente desafiador e seguro, propício às suas explorações e descobertas. Conhecer o próprio corpo, a natureza dos objetos, aprender a equilibrar-se, andar, pular e correr são alguns dos inúmeros aprendizados da criança. Para que construa essas habilidades, ela precisa de liberdade de expressão e de movimento.
A criança pequena é, em um certo sentido, desordenada e tende à expansão. Para que ela se organize e sinta-se segura, podendo desenvolver seus processos de crescimento com harmonia, é preciso oferecê-la ritmo e rotina. Sendo assim, na Quintal existe uma rotina estabelecida com o objetivo de atender as necessidades específicas das diversas fases do desenvolvimento.
Entre os horários de alimentação, um movimento de pulso – expansão e recolhimento – preenche a rotina diária. No lugar dos conteúdos curriculares, guiamo-nos pelos interesses das crianças, pela bagagem cultural dos educadores e pelas trocas que nascem da relação entre eles.
As crianças têm tempo para desenvolver suas brincadeiras e fazer suas descobertas sem pressa, sem serem aceleradas e a partir de sua curiosidade sobre o mundo, da alegria de estar em grupo, das necessidades de desenvolvimento do seu organismo, da imitação do adulto de referência e das possíveis e inúmeras propostas de atividades que o educador avalia fazer sentido para o grupo.
Dentre as atividades consideradas expansivas podemos citar: brincadeiras com água, exploração do espaço, correr, transpor obstáculos, pular, pega-pega, pintura, dentre outras. Já para ajudar a acalmar e reorganizar um corpo que se expandiu, pode-se propor: contação de histórias, brincadeiras simbólicas, brincadeiras com tecidos, caixotes, bonecas, argila, desenho, massagem, etc.
Ao longo do processo pedagógico com as crianças, a equipe, com representatividade negra, passou a levar como valor prioritário a igualdade e a equidade racial. A desigualdade racial, a ausência de famílias e crianças negras na escola, passaram a ser questionamentos significativos dentro da comunidade escolar. Isso desencadeou um processo de busca pelo letramento racial entre familiares e equipe, que passou a reverberar no fazer com as crianças.
Para o cotidiano das crianças, a equipe caminha em busca de garantir com que as referências pedagógicas levem em consideração a educação étnico-racial através de livros, narrativas, histórias, brinquedos e quanto mais se puder agregar a este compromisso.
Além disso, juntamente com o grupo de familiares, o maior objetivo é criar condições para que a escola possa acolher, significativamente, famílias negras. Há uma delicadeza nesse objetivo, pois precisamos criar uma escuta empática de suas necessidade e cuidar para que nossas pedagogias e experiências façam verdadeiro sentido na vida dessas famílias, permitindo com que elas sejam protagonistas nessa construção.
Para que as políticas de ações afirmativas como esta sejam consistentes e tenham efeito no cotidiano da escola, é necessário que uma comunidade inteira esteja implicada nessa construção.